terça-feira, 30 de novembro de 2010

2ª) A paisagem livre por desentrança




Zé horta: Vendo o gado minguado no pasto e a ossada cobrindo o sertão, um vaqueiro pro Triângulo Mineiro saiu galopando o alazão! Foi tentar a sorte num rodeio com anseio de ser campeão e deixou sua noiva chorando, prostrada lá no portão. João, se ouvisse o caso da parteira que vive a vida a murmurar, te juro, tu mão sairia, não arredaria o pé do seu lugar!

Narrador: Dália, mãe do riso e da alegria, nasceu numa noite sombria quando a lua se escondeu de vergonha da donzela, de tão bela que nasceu! Se criou nos campos da pureza e no Rio das Gotas adoentou de amores! De todos vaqueiros de lá, pai, nenhum foi mais feliz que João, uai, que derna os tempos de criança volvia suas tranças pelos cafezais! Mas tanto tempo faz, que amor pesou no coração! A saudade é uma estaca Junto a cerca da desilusão! Quem tem amor de lonjura, sofre perto a ingratidão; onde a lágrima perdura, um riacho de amargura banha a face do cristão. Que eu perdi meu paradeiro, no pé de um sonhador; percorri o mundo inteiro amor, não encontrei meu parador!
...

Vozes: Black Pio (Zé Horta); Seu Ribeiro (narrador).
Instrumentos: Violão (Seu Ribeiro), Acordeon (Coroné), Percussão (Johnny Herno), Caixa de Folia (Gibram Muller), Pandeiro ( Linguinha).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela visita ao nosso blog, sua contribuição será muito bem vinda! Seu Ribeiro